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terça-feira, 16 de abril de 2019

Professor ipuense Ridlav Augusto expõe, em texto, uma análise crítica sobre a educação pública brasileira


São inúmeros os problemas enfrentados pela educação pública brasileira, dentre eles está à evasão escolar, ou seja, quando um aluno deixa de frequentar a escola, a exemplo desses problemas estão à falta de expectativa de futuro dos jovens, o não incentivo familiar dos estudos, por não verem como algo importante, a postura do professor que muitas vezes é insensível as causas dos aprendentes. 


A própria estrutura física das escolas e da sala de aula podem ser um dos fatores relevantes para essa evasão por não serem muito convidativas aos alunos, a discriminação pelo insucesso e rendimento escolar que muitas vezes ficam abaixo das expectativas, o fato de quererem aulas melhores e mais participativas e a escola não oferecerem isso, até mesmo, no fato desses alunos enxergarem no trabalho, uma solução mais rápida que os estudos. 

Em fim o que se constata é que o cenário de muitas escolas públicas pelo Brasil é ainda de muita tristeza e desigualdade. Esse cenário por sua vez é de muitos desafios para quem está na área da educação ou se sensibiliza com a causa. Percebe-se inúmeras realidades a qual os jovens se encontram no seu dia a dia escolar. 

Algumas realidades vão facilitar o estudo enquanto outras vão dificultar ainda mais, mas todas as escolas tanto as que apresentam dificuldades ou as que nem tanto, tem o mesmo objetivo, a aprendizagem desses alunos, muitas dessas escolas provam que mesmo em meio a tantas adversidades, é possível fazer uma educação de qualidade. 

Apesar de muitos jovens não ambicionarem muito para os seus futuros, e terem um encurtamento dos seus sonhos, muitas vezes, partindo esse tipo de pensamentos da própria família que não os incentivam a sonharem, a estudarem ou a lutarem por esse futuro melhor, até mesmo por não conseguirem perceber a verdadeira importância dos estudos, acabam por não ressaltarem as qualidades de seus filhos, que por sua vez se desmotivam, e deixam as escolas. Existe uma carência afetiva muito grande por parte desses alunos, tanto que tudo o que a maioria desses jovens procuram nas escolas não é aprender, mas sim um refúgio de suas famílias.

Muitos dos jovens que deixaram de estudar, que foram perdidos para as drogas, violência ou para uma gravidez na adolescência fazem um relato de preconceito e discriminação, quando dizem: “A sociedade quer que a favela continue favela”. Esses jovens não querem muito, querem apenas serem ouvidos, perceberem que as pessoas ao seu redor se importam com eles e muitas vezes a postura dos professores ao entrarem em sala de aula, quando não dão um bom dia, que só apontam os erros e não ressaltam as qualidades de seus alunos, leva-nos a evidenciar que o rendimento desses alunos podem sim estarem atrelados diretamente com a forma de como são tratados, pelo professor, pela escola, pela família e/ou pela sociedade. 

A grande maioria dos profissionais da educação só tem uma formação básica, não estão preparados para a grande demanda de situações que os alunos de hoje vivenciam, muitos professores ainda estão nos anos de 1930, pensando numa escola convencional do século passado, que não atende mais a realidade dos alunos. 

A linguagem usada em sala de aula não pode mais ser aquela aula chata e decorativa, é preciso mudar as práticas de muitos professores atrelá-las a arte e a cultura, usar de uma linguagem mais visual do que somente oral, deve-se primeiramente compreender o jovem, essa sim é a nova metodologia de ensino que os professores precisam aprender e por em prática. 


Texto escrito por Prof. Esp. Ridlav Augusto Ferreira de Abreu, formação superior em História.

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A reprodução do texto supracitado é autorizada mediante citação da fonte autoral.

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