Coluna Professor Cláudio César: "O BRASIL EM CRISE"

Colunista Professor Cláudio César

Não é segredo para nenhum brasileiro medianamente informado que o Brasil, nos últimos dois anos, vive uma crise de grandes proporções.

Os elementos mais visíveis dessa crise são a queda do PIB, a inflação alta, a elevada dívida pública e, ultimamente, o aumento do desemprego.

Vamos por partes.

O PIB (Produto Interno Bruto) é a soma de todos os bens e serviços realizados em um país em certo período de tempo. No Brasil, em 2014, o PIB não cresceu, ficando sua evolução próxima de zero. Já em 2015, embora ainda não tenha sido divulgado o índice oficial, calcula-se que houve um decréscimo de 3,8%, índice este que caracteriza uma recessão. Comparando-se o Brasil com outros países, verifica-se que, na América Latina, somente a Venezuela teve resultado pior.

Por inflação entende-se o aumento nos preços da economia durante certo período de tempo, fenômeno este que ocasiona a contínua perda da capacidade de compra da moeda, reduzindo o poder de compra dos agentes econômicos. O que verificamos em nosso país, nos últimos 3 anos, é um agravamento do processo inflacionário causado por políticas econômicas equivocadas do atual governo. O termômetro oficial utilizado no Brasil para medir a inflação é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Enquanto o centro da meta de inflação foi estabelecido em 4,5%, observa-se que, em 2013, o IPCA foi 5,91%, em 2014, 6,41%, e, em 2015, 10,67%. Dessa forma, pode-se verificar uma escalada do fenômeno inflacionário, o que dimunui o poder de compra da população, tornando-a mais pobre.

O terceiro elemento característico da crise brasileira é a elevada dívida pública, particularmente a dívida interna. Esta é contraída pelo Governo, no mercado, com diversos agentes econômicos, como bancos, investidores, organismos financeiros nacionais e internacionais e governos estrangeiros. Tal dívida hoje se eleva a algo em torno de R$ 2,7 trilhões, valor este que corresponde a cerca de 70 % do PIB.

Como último elemento da crise está o desemprego crescente, que decorre da recessão que vem castigando a nossa economia, sobretudo no ano de 2015. Estima-se que a taxa de desemprego se situe em torno de 10% da população economicamente ativa. Referida taxa deve aumentar até o final do primeiro semestre, gerando agitação de caráter social, principalmente nas grandes metrópoles (Rio e São Paulo).

Este é o retrato da crise que assola o país, fruto da incompetência e irresponsabilidade do atual governo. Não por acaso, o impeachment da presidente Dilma Rousseff continua na ordem do dia. Caso se concretize, novas esperanças surgirão no curto prazo. Em caso contrário, resta-nos aguardar o ano de 2018, quando novas eleições para Presidente da República serão realizadas.


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Sobre Dr Rárisson Ramon

Rárisson Ramon, de Ipu - CE de nascimento e criação, é acadêmico de direito, faz participações em rádio e é blogueiro.
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